Protótipo impresso dedicado à Mónica Azevedo (foto: RR)
Ela diz não gostar de natureza-morta. Acredito que gosta sim. Por que alguém não gostaria deste gênero? Reconheço que a designação natureza-morta tem uma carga romântica pesada, na palavra morta. "Still life" soa bem melhor. Quem não tem medo da morte? É um sentimento comum em pessoas sensíveis. Diz a psiquiatria, eu mesmo sei por experiência própria, que um estado depressivo, pode levar ao medo da morte. Não é o caso dela, entretanto vamos ajudar nossa amiga Mónica Azevedo a gostar de Natureza-morta.
É uma cena de interior, uma composição de objectos e seres inanimados, em geral com pouca profundidade, algo banal. E o que é banal, interessa à arte. Como exercício de pintura é muito interessante para o artista: é prático, montar um arranjo de frutas e flores, é difícil, desenhar a transparência das taças, garrafas e detalhes dos gomos da laranja, por outro lado a luminosidade pode ser controlada perfeitamente da forma que o artista entender, a facilitar os sombreamentos bem marcados, e ainda pode ser deixada na mesma posição, com a mesma luz por muitas horas e dias, o que não é possível numa paisagem, ou num retrato ao vivo.
Um abraço, Mónica, estamos com você.
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